segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Cada vez mais perto do tetra

Texto originalmente publicado em 24 setembro 2013 em #ElasComentam
O final de semana em Cingapura não foi diferente dos últimos que acompanhamos na Fórmula 1. Sebastian Vettel largou na frente pela 41ª vez na carreira, liderou toda a corrida e venceu, assim como fez em 2012 e 2011 na prova noturna do circuito de Marina Bay. Além disso, o piloto da Red Bull alcançou o que chamamos de Grand Chelem: pole position, volta mais rápida e a vitória de ponta a ponta.
Ao conquistar a 33ª vitória da carreira, o alemão ultrapassa Fernando Alonso como quarto piloto que mais venceu na F1. Se pensarmos em pilotos em atividade, Vettel ainda tem muitas chances de aumentar esse número já que tem apenas 26 anos e está na Red Bull com três títulos mundiais (e mais um a caminho). Enquanto Alonso, 32 anos, segue na Ferrari e com dois títulos, sendo o último deles conquistado em 2006 pela Renault.
Depois de 13 provas, Vettel subiu ao pódio (incluindo a corrida de Cingapura) em dez corridas, sendo sete delas em primeiro lugar. Ele não terminou apenas a etapa da Inglaterra, quando o carro da Red Bull quebrou faltando dez voltas para o final. Já Fernando Alonso foi sete vezes ao pódio e conquistou apenas duas vitórias. Assim como Vettel, o espanhol não completou uma prova, a da Malasia, quando logo depois da largada teve a asa dianteira danificada por um toque com o carro da Red Bull e foi parar na caixa de brita.
Apesar do tricampeão estar praticamente com a mão na taça deste ano, e de Cingapura ter sido a corrida mais sonolenta da temporada, a etapa do fim de semana merece dois destaques: Fernando Alonso e Kimi Räikkönen. Os campeões mundiais – que no próximo ano serão companheiros na equipe de Maranello – completaram o pódio depois de fazer uma corridaça: largaram em 7º e em 13º e terminaram a prova 2º e em 3º lugares respectivamente. Embora Alonso saiba que a diferença de 60 pontos para Vettel fique cada vez mais longe de ser reduzida é impressionante como o espanhol mostra garra e determinação a cada corrida.
E ainda falando de Alonso, o espanhol protagonizou uma cena curiosa no final da prova ao dar carona para o colega Mark Webber. O australiano abandonou na última volta e o espanhol o levou para os boxes a bordo da Ferrari. Mas o gesto rendeu advertência aos pilotos. Alonso levou um puxãozinho de orelha por “dirigir o carro de maneira que possa ser considerado potencialmente perigoso para outros pilotos ou qualquer pessoa”. Mas Webber, que já tinha sido advertido outras vezes (por bater em Nico Rosberg no GP do Bahrein e ignorar bandeiras amarelas no GP do Canadá) foi punido com a perda de dez posições no grid de largada do GP da Coreia do Sul, a próxima etapa do campeonato. Segundo a organização da prova, o australiano violou o regulamento ao “entrar na pista sem permissão dos responsáveis entre a volta de apresentação e momento que o último carro ainda estiver no parque fechado”.
A cena, sem dúvida, levou os telespectadores a uma viagem no tempo: GP da Inglaterra, 1991, quando Ayrton Senna pegou uma carona na Williams de Nigel Mansell. O brasileiro ficou sem combustível depois da bandeirada e o inglês, que tinha acabado de vencer a prova, levou Senna até os boxes.
Bons tempos em que a categoria não era tão rigorosa com seus pilotos.
#Rapidinhas
FIAWEC – Bruno Senna conquistou a segunda vitória na temporada do Campeonato Mundial de Endurance no final de semana no Circuito das Américas, em Austin, nos Estados Unidos. Depois de não terminar as provas de Le Mans e Interlagos, o piloto brasileiro fez uma boa corrida e, ao lado do francês Fredéric Makowieck conquistou a vitória com o carro #99 da equipe Aston Martin na categoria GTE-PRO.
GP2 – Em Cingapura, Felipe Nasr ficou bem perto da primeira vitória na temporada. Na primeira corrida no sábado, o brasileiro liderava quando, faltando quatro voltas para o final foi ultrapassado por Jolyon Palmer, companheiro da equipe Carlin. Já no domingo, Nasr terminou na 16ª posição e faltando duas provas para o fim do campeonato, dá adeus à disputa pelo campeonato que agora está entre o britânico Sam Bird e o suíço Fabio Leimer.
Crédito das fotos: AFP
Twitter: @prikinder

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