texto publicado originalmente em 02 de maio 2013 no site #ElasComentam
O circuito de rua do Anhembi, onde será disputada
a quarta etapa do campeonato de Fórmula Indy, conheceu até agora um único
vencedor: Will Power. Em São Paulo, o piloto da equipe Penske subiu três vezes
no lugar mais alto do pódio. E para quem (como eu) já viu bem de perto esse
australiano fazer as curvas do “S do Samba” sabe que ele acelera muito por
aqui. O domingo da corrida vai ser de sol e pelo menos 40 mil pessoas no
Anhembi. A SP Indy 300 promete muita emoção! Não dá pra perder!
Foi em
São Paulo também que Power conquistou sua última vitória na Indy. Neste ano, a
temporada não está sendo das melhores para o atual tri-vice-campeão do mundo.
Ele está em 8ª no campeonato com 62 pontos e não chega à capital paulista como
favorito porque dessa vez tem Brasil na liderança! Helio Castroneves tem 99
pontos, conquistados com dois segundos lugares na temporada e um décimo lugar
na última corrida disputada em Long Beach, Califórnia.
Criado
pelo projetista neozeolandês Tony Cotman, o traçado do Anhembi tem 4.080 metros
e inclui a pista do sambódromo, a avenida Olavo Fontoura e a Marginal Tietê. E
mais: o circuito conta com uma reta de 1,5 quilômetros, a maior de todo o
campeonato e onde os carros podem atingir até 300 km/h. Nessa pista os pilotos
precisam demonstrar habilidade e as equipes encontrar o melhor acerto para os
carros. Além de exigir ajustes que priorizem a aderência nas curvas, a
velocidade nas retas e o equilíbrio entre esses dois pontos.
A São
Paulo Indy 300 foi disputada pela primeira vez em março de 2010. A prova abriu
a temporada daquele ano e a estreia foi marcada por muita expectativa, chuva e
problemas na organização. Naquele fim de semana, o treino classificatório
aconteceu no domingo porque o produto usado sobre o cimento (e que dá aquele efeito
bonito durante o carnaval) deixava a pista lisa e perigosa. Foi aí que pilotos
e organização tomaram uma atitude: o piso da reta do Sambódromo foi lixado para
que os carros conseguissem ter mais aderência. Esse foi o ano em que tivemos
mais brasileiros numa prova: Bia Figueiredo, Helio Castroneves, Mario
Romancini, Mario Morais, Raphael Mattos, Tony Kanaan e Vitor Meira, que subiu
no pódio no terceiro lugar.
No ano
seguinte, a organização até melhorou, mas o cenário foi praticamente o mesmo
por causa da chuva. E que chuva! Por conta disso, a organização foi obrigada a
transferir a corrida para a segunda-feira, mesmo com a pista ainda molhada. O
brasileiro melhor colocado na prova foi, de novo, Vitor Meira, em 17º lugar.
Em 2012,
Will Power confirmou o favoritismo: fez a pole e venceu pela terceira vez.
Helio Castroneves, companheiro do australiano na Penske, foi o melhor
brasileiro na corrida: chegou em quarto lugar. Rubens Barrichello, em ano de
estreia na Indy pela equipe KV Racing, terminou a prova em 10ª. Já o
companheiro de equipe, Tony Kanaan se envolveu em um engavetamento no “S do
Samba” e chegou em 13º; Bia Figueiredo, completou a prova em 20º.
Falando
em “S do Samba”, apesar de sempre garantir as maiores emoções durante a prova,
a organização modificou a curva para a corrida deste ano. O trecho no fim da
reta do Sambódromo foi alargado para diminuir o número de acidentes.
twitter: @prikinder
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