segunda-feira, 25 de novembro de 2013

#ThankyouDario


Dario Franchitti é uma lenda do automobilismo. É daqueles homens que nascem predestinados a conquistar o mundo por meio de uma escolha que, aos olhos dos simples mortais, pode ser um tanto ousada. Esse escocês escolheu ser piloto de corridas e escreveu uma história incrível nesses quinze anos de Fórmula Indy.
Depois do grave acidente que sofreu em Houston, em outubro, Franchitti resolveu se aposentar. Decidiu fazer isso pela saúde, para se preservar. A equipe médica deixou bem claro que se ele voltasse a correr os riscos seriam grandes e poderiam prejudicar a saúde no futuro.

Claro que o coração fica partido ao saber que Dario, aos 40 anos, não vai estar mais nas pistas... Tenho uma foto dele aqui em casa e todos os dias olho para ela e digo que um dia ainda vamos nos encontrar pra que eu lhe dê um abraço e diga: "Thank you, Dario. You're a legend. I love you".

O vídeo que a Indycar fez ao Dario é uma homenagem a este que é um dos maiores pilotos que pude acompanhar nestes quinze anos da Indy. Chorei junto nas vitórias dele em Indianápolis, nos campeonatos conquistados e nos acidentes que ele sofreu na carreira.

Se encontrasse o gênio da lâmpada pediria pra conhecer o Dario, chegar perto, ganhar um abraço. Eu o vi de muito longe na etapa deste ano da SP Indy 300 em São Paulo. Fiquei chateada porque não consegui estar mais próxima. Mas um dia, amigo, a gente vai se encontrar.

ps: Faltam 150 dias para a 98ª edição das 500 Milhas de Indianápolis


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Brasil garantido na F1 em 2014

Texto originalmente publicado em 12 de novembro 2013 no site #ElasComentam
Desde setembro, quando Felipe Massa anunciou que não teria o contrato renovado pela Ferrari, quem acompanha a Fórmula 1 ficou preocupado. Afinal, para onde ele poderia ir? Especulações não faltaram: desde a possibilidade de a nova casa ser a Lotus e correr no lugar de Kimi Raïkkönen (que vai para o time italiano no ano que vem), passando por tentar a sorte na Stock Car e de até mesmo pensar em aposentadoria.
Mas o caminho para o brasileiro de 32 anos foi mesmo a Williams. A equipe fez o anúncio na segunda-feira, em Grove, na Inglaterra. O contrato é por duas temporadas e ainda poderá ser renovado por mais uma. Com a saída do venezuelano Pastor Maldonado, Massa será o companheiro do finlandês Valtteri Bottas em 2014.
Fundada em 1977, a Williams tem nove títulos mundiais e sete de construtores, conquistados entre as décadas de 1980 e 1990. O último campeonato de pilotos da escuderia inglesa é de 1997, do canadense Jacques Villeneuve. Além de ter sido a casa de Alain Prost, Nigel Mansell e Damon Hill, a equipe já teve outros seis brasileiros pilotando seus carros: Nelson Piquet, Ayrton Senna, Antonio Pizzonia, Rubens Barrichello e Bruno Senna.
Depois da Ferrari, ser piloto de um time que é um dos mais tradicionais da categoria será um desafio. Apesar das mudanças que a F1 vai sofrer no próximo ano, tudo indica que a experiência de 12 temporadas na categoria será importante para ajudar no desenvolvimento do novo carro que vai contar com o motor Mercedes. Segundo o chefe da equipe Frank Williams, a contratação de Massa faz parte de um projeto para começar um novo capítulo na história do time inglês, já que nos últimos cinco anos a escuderia não foi além de dois sextos lugares no mundial de construtores.
Era claro que há muito tempo não havia mais espaço para Felipe na Ferrari e que todos os esforços estavam voltados para Fernando Alonso e a conquista do tricampeonato do espanhol. Mas durante o tempo em que esteve no time italiano, além de ter sido sempre o fiel escudeiro para ajudar a equipe a conquistar o mundial de construtores (2007 e 2008), Massa conquistou onze vitórias e foi vice-campeão em 2008, quando perdeu o título para Lewis Hamilton na última corrida, em Interlagos. E foi pela Ferrari também que o brasileiro sofreu o acidente mais grave da carreira, em Budapeste (2009) durante os treinos para o grande prêmio da Hungria.
Antes de dar o adeus definitivo aos italianos e trocar o vermelho pelo azul, Felipe ainda disputa duas provas que faltam para encerrar a temporada (Austin e Interlagos). E no último final de semana, a Ferrari organizou uma festa de despedida para o brasileiro. Depois de oito anos como piloto oficial do time de Maranello, Massa foi homenageado por 15 mil tifosi (torcedores da escuderia italiana) no circuito de Mugello, em Florença (Itália).
Boa sorte nesta nova fase, Felipe!
#Rapidinhas
Stockcar: Na penúltima etapa da Stock Car disputada no autódromo internacional Nelson Piquet, em Brasília, Thiago Camilo (Ipiranga/RCM) conquistou a vitória e assumiu a liderança do campeonato. Faltando apenas uma prova, a Corrida do Milhão, que acontece no dia 15 de dezembro em Interlagos, agora são quatro os pilotos que estão em busca do título da temporada. Thiago tem 185 pontos, quatro a frente de Daniel Serra (Red Bull Mattheis), o segundo colocado. Ricardo Maurício (Eurofarma-RC) é o terceiro com 178 pontos e Cacá Bueno (Red Bull Mattheis) o quarto com 160 pontos. Lembrando que a pontuação será dobrada e quem vencer leva 48 pontos.
Formula Truck: Assim como a Stock Car, a decisão do campeonato brasileiro da Fórmula Truck também ficou para a última etapa, que será disputada no dia 8 de dezembro em Brasília. Felipe Giaffone (RM Competições/MAM) venceu a prova do final de semana no autódromo internacional de Curitiba, na cidade de Pinhais (PR). O paulista largou na pole, perdeu posições na largada, mas recuperou a liderança na 18ª volta. Com a vitória, Giaffone entrou na briga pelo título ao chegar aos 114 pontos. Na disputa também estão Beto Monteiro (Scuderia Iveco) com 135 pontos, Régis Boessio (ABF Desenvolvimento Team) com 119 pontos e Leandro Totti (RM Competições/MAM) com 116 pontos.
Kimi Räikkönen só em 2014: O finlandês não vai mais correr pela Lotus neste ano. Räikkönen, que será piloto da Ferrari na próxima temporada, vai passar por uma cirurgia na coluna e a previsão é de que ele precise de até quatro semanas para se recuperar. Desde o grande prêmio de Cingapura, o campeão de 2007 vem sentindo fortes dores nas costas e que se tornavam insuportáveis a cada corrida. Claro que não duvido que ele esteja com esse problema, mas até onde isso não o ajudou a se livrar dos problemas financeiros que estava tendo com o time de Enstone e já pensar em 2014?
Fotos: Felipe Massa: Divulgação @WilliamsF1 Team// Thiago Camilo: Carsten Horst/Divulgação
Twitter: @prikinder

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Em busca de novos recordes



texto originalmente publicado no site #ElasComentam em 06 de novembro 2013
Sebastian Vettel até poderia ter se contentado em ser o mais jovem tetracampeão mundial de Fórmula 1, mas ele não quer saber de ficar para trás nesta temporada. Apesar de ter declarado que quebrar recordes não está entre as prioridades, o piloto da Red Bull está no caminho de, a cada corrida, superar as marcas pessoais e aquelas que ainda fazem parte da história da categoria. Por isso, ele venceu mais uma.
Dessa vez, o cenário da vitória foi o circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi. Um lugar onde as imagens mostradas pela televisão geralmente compensam a falta de emoção da corrida. A largada é dada ao final do dia no Oriente Médio e o espetáculo fica bonito mesmo quando acompanhamos o por do sol no horizonte e a chegada da noite na pista, que é toda iluminada, e deixa em evidência o aspecto moderno e futurista do circuito projetado pelo alemão Hermann Tilke.
Pela sétima vez consecutiva Vettel subiu ao lugar mais alto do pódio e se igualou ao ídolo (dele) Michael Schumacher, que também conquistou sete vitórias seguidas na temporada de 2004. E caso a maré de sorte continue ao lado do jovem campeão, ele ainda tem tempo de quebrar outro recorde se vencer as duas próximas provas (Austin-EUA e Interlagos): poderá alcançar a marca de Alberto Ascari, que venceu nove vezes seguidas pela equipe Ferrari.
Esse é o recorde mais antigo a ser alcançado por Vettel, já que as vitórias de Ascari foram conquistadas entre as temporadas de 1952 e 1953. O italiano venceu os GPs da Bélgica, França, Inglaterra, Alemanha, Holanda e Itália e em 1953 os da Argentina, Holanda e Bélgica. Mas há quem questione essa marca porque, naquela época, a segunda prova do mundial de 1953 foram as “500 Milhas de Indianápolis”. Por uma questão política, a corrida nos Estados Unidos fazia parte do calendário da F1, mas pilotos e equipes que corriam na Europa não participavam da prova. Isso poderia reduzir o recorde de vitórias consecutivas do italiano, mas se pensarmos neste contexto essa marca é dele.
E para quem gosta de números: em Abu Dhabi o piloto da Red Bull alcançou a 37ª vitória e o 60º pódio da carreira em seis campeonatos disputados até agora e quatro títulos. Se ele é fenômeno, se ele é prodígio, se ele é gênio… não importa. A cada temporada Vettel amadurece e mostra que se dedica muito ao que faz, e de um jeito único e diferente de outros campeões: com alegria. Inclusive porque comemorou a vitória em Yas Marina novamente com um “zerinho”. (Mas dessa vez ele levou o carro para os boxes e a FIA não o advertiu.)
#Rapidinhas
GP2: Fabio Leimer (Racing Engineering) conquistou o campeonato da GP2 no final de semana em Abu Dhabi. O suíço levou o título ainda na primeira prova, no sábado, ao chegar em quarto lugar e aproveitar que o rival Sam Bird (Russian Time) teve problemas e terminou na décima posição. O brasileiro Felipe Nasr, que tinha chances matemáticas de colocar a mão na taça, ficou com o quarto lugar no campeonato. O piloto da Carlin fez uma boa temporada e apesar de não conquistar o título, conseguiu se destacar. Há quem diga na rádio paddock que ele será contratado pela equipe Willians como piloto de testes para 2014. Estamos na torcida.
Stock Car: No próximo final de semana, os carros da Stock Car vão acelerar no autódromo internacional Nelson Piquet, em Brasília, pela 10ª etapa do campeonato. Sete pilotos estão na briga para conquistar o título desta temporada: Daniel Serra (172), Thiago Camilo (161), Cacá Bueno (160), Ricardo Maurício (160), Valdeno Brito (120), Max Wilson (117) e Marcos Gomes (102). Mas o campeão mesmo só vai ser conhecido na última prova, que será disputada em Interlagos. Na penúltima etapa nenhum dos líderes pode abrir mais do que 48 pontos de vantagem necessários para conquistar o título. Vale lembrar que em Brasília estão em jogo 24 pontos e em Interlagos, 48 pontos, já que a última corrida terá a pontuação dobrada.
foto: Tom Gandolfini/AFP
twitter: @prikinder