texto publicado originalmente em 23 de julho 2013 no site #ElasComentam

Turbo poderia ser mais uma história criada para divertir as férias da molecada ou mesmo uma animação sobre carros de corrida. Mas a ideia de um caracol sonhar em ser veloz e disputar as 500 Milhas de Indianápolis é bem curiosa.

A proposta do filme foi do diretor e co-roteirista David Soren, baseada na obsessão do filho pequeno com “todas as coisas rápidas e caramujos no quintal”. Ele uniu a lentidão à velocidade como principal argumento e levou o desafio para os estúdios da DreamWorks. A animação teve até consultoria de pilotos da IndyCar e agora está em cartaz em todo o país.
De dia, Theo trabalha no canteiro de tomates com outros caracóis. À noite, assiste as corridas da Indy 500 e se inspira no piloto francês Guy Champeón (ou Guy Gagne, na versão original), pentacampeão em Indianápolis, para realizar um sonho: ser o mais rápido e vencer a prova no oval mais conhecido do mundo.
Mas como isso poderia acontecer se Theo é só um caracol de jardim?
Como “nenhum sonho é grande demais, nenhum sonhador é pequeno demais”, depois de um acidente, a vida lenta do pequeno molusco ganha velocidade e ele se transforma em “Turbo”. E eu não vou contar mais sobre a história porque espero que você vá ao cinema, com ou sem crianças, curtir um filme que é bem divertido para quem gosta ou não de velocidade.
Assisti duas vezes ao filme* e notei que Turbo agrada aos pequenos e conquista quem é fã de corridas. Até porque a DreamWorks teve a preocupação de reproduzir com muita fidelidade as cenas no circuito da Indy 500. Deve ter sido um grande desafio transmitir ao espectador, por exemplo, a emoção de acompanhar um pequeno caracol no meio dos carros em alta velocidade. No cinema, alguns pais – que não sei dizer se eram ou não apaixonados ou não por automobilismo – até se empolgaram, mais do que os filhos, nas cenas que se passam dentro do Indianapolis Motor Speedway.
Para criar esse mundo de ilusões bem próximo ao real, os animadores tiveram de saber muitas informações sobre os carros e a corrida: como os pilotos pensavam, sentiam e agiam durante a prova. Foi aí que os veteranos Dario Franchitti e Tony Kanaan entraram na história para dar um apoio na produção do filme. Além do escocês, os pilotos Will Power (Penske) e o campeão da Indy500 em 1969, Mario Andretti, emprestaram suas vozes para a animação.
Eu que sonho um dia conhecer Indianápolis, tive a impressão de estar lá na maioria das vezes. (Tá bom, sou suspeita porque adoro corridas, mas o 3D ajuda muito se sentir mais próximo daquela “realidade”.) Isso rendeu arrepios e emoções mesmo sendo apenas um filme voltado para o público infantil… Um público que, ao simpatizar com um caracolzinho, pode encontrar em Turbo uma inspiração para gostar dos carros da Indy.
Veja mais sobre o filme Turbo:
 
E em dezembro, o canal de vídeo online Netflix em parceria com a DreamWorks vai lançar a série “Turbo: F.A.S.T (Fast Action Stunt Team) (ou Equipe de dublês de ação rápida). Na internet, a história começa com a última cena do filme e mostrará as viagens e os desafios do caracol e de sua equipe pelo mundo.
*Agradecimentos à assessoria de imprensa da Fox Filmes (Regina Buffolo) pelo convite da pré-estreia no Shopping Market Place.
Foto: DreamWorks/Divulgação
Twitter: @prikinder