sábado, 20 de junho de 2009

A Fórmula 1 pode acabar?

Você já pensou em um campeonato de Fórmula 1 sem Ferrari e Mclaren, e sem a sensação do momento, a Brawn GP?

Confesso que já vi esse filme quando, em 1996, a Fórmula Indy sofreu uma separação entre a CART e a IRL com a intenção de se fazer um campeonado mais forte. O que realmente não aconteceu e, depois de muito bater cabeças, as duas categorias acabaram se reunindo.

A batalha política na Fórmula 1 acontece há algum tempo e ganhou mais intensidade quando a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) quis impor alterações no regulamento, entre elas a limitação dos gastos das equipes. Mas, os capítulos mais recentes davam a entender que haveria um acordo entre a Associação das Equipes e a Federação Internacional de Automobilismo, que divergiam sobre o regulamento do ano que vem, sobretudo pela imposição de Max Mosley de um limite orçamentário. A FIA pretendia aumentar o valor inicialmente proposto, de 40 milhões de libras para 100 milhões de libras, mas em 2011 obrigaria as equipes a aceitarem a primeira quantia como teto.
Diante do impasse com a FIA, a Associação das Equipes (Fota) rompeu com F-1 e anunciou que vai organizar uma categoria paralela em 2010.

Então, vamos imaginar que um campeonato seria a Fórmula 1, bancado pela FIA e contando com a Willians, talvez a Force India (isso pode mudar até você ler essas palavras) e outras equipes que certamente não temos conhecimento... Outro, seria organizado pela FOTA e pelas montadoras, contando com equipes que já existem. Mas isso seria ruim para todo mundo. Para quem gosta do automobilismo, isso é, na verdade, o que chamamos de um samba do crioulo doido...

Mas, neste sábado, Bernie Ecclestone, chefe comercial da F-1, afirmou na Inglaterra (temos o GP de Silvestone neste fim de semana) que os principais times poderiam não ter de se sujeitar ao teto orçamentário em 2010. Esta, certamente, é uma forma de encerrar a polêmica e afastar, assim, a idéia de um novo campeonato. Assim, as equipes que se comprometessem a ficar na Fórmula 1 pelos próximos cinco anos podem gastar o quanto quiserem, disse Ecclestone em entrevista. Segundo as agências de notícias, ele não disse como a saída do teto orçamentário afetaria as menores equipes que entrarão em 2010, como a Campos, a USF1 e a Manor. E é claro que ele está mais preocupado com a presença das grandes equipes, como Ferrari e Mclaren. Mas, que equipe nova vai querer participar de um campeonato com as equipes da FOTA, quem tem dinheiro para isto, afinal?