texto publicado originalmente em 09 de maio
2013 no site#ElasComentam
Este foi o segundo ano que estive no circuito do Anhembi, em São Paulo, para acompanhar a Fórmula Indy. Fiquei bem pertinho do “S do Samba” e o melhor que dessa vez o meu ingresso também dava acesso às garagens. Uma experiência inesquecível, sem dúvida, daquelas que a gente carrega para a vida toda. Por isso, no texto dessa semana vou compartilhar com os amigos e amigas que acompanham o #ElasComentam algumas das experiências que se têm quando participamos de um evento esportivo como a São Paulo Indy 300.
Uma delas foi acompanhar o duelo nas voltas finais entre James Hinchcliffe (Andretti Autosport) e Takuma Sato (AJ Foyt). A decisão da prova aconteceu só na última curva, a Curva da Vitória. O canadense venceu a segunda corrida nesta temporada e o japonês assumiu a liderança do campeonato, com 136 pontos. Marco Andretti (Andretti Autosport) terminou a prova em terceiro e também ultrapassou Helio Castroneves (Penske) no campeonato. O brasileiro não fez uma boa corrida e chegou em 13º lugar.
Em outro momento, vibrei muito quando Tony Kanaan (KV Racing) ultrapassou Ryan Hunter-Reay (Andretti Autosport) e levantou a torcida no Anhembi. Mas também fiquei triste quando o telão mostrou o carro vermelho parando bem em cima da linha de chegada, depois de uma pane seca, tirando ali todas as chances de um piloto brasileiro vencer em São Paulo… Durante a entrevista coletiva, o próprio Kanaan disse que até esqueceu da dor que estava sentindo na mão direita, resultado do acidente na corrida de Long Beach. “Até faltar 20 voltas para o final, atrapalhou. Depois foi o coração que doeu.” Doeu o nosso coração também, Tony, pode ter certeza!
Neste vídeo há um resumo da quarta etapa do campeonato. Vale a pena ver (e rever)!
Lá no Anhembi também tive a impressão de que um segundo pode ser muito menos do que um piscar de olhos. No primeiro treino livre do sábado, Simon Pagenaud (Schimidt/Hamilton Motorsports) – que dizem ser o Helio Castroneves ‘Cover’ da Indy (será?) –, perdeu o controle na segunda perna do “S do Samba”. Ali, bem na minha frente o francês bateu forte na proteção de concreto. O barulho impressiona. Pedaços da carenagem voam pelo ar. Fotógrafos tentam desviar dos estilhaços. O carro se arrasta com a suspensão dianteira direita toda arrebentada. Há fumaça e fogo na roda traseira esquerda. O piloto fica inerte dentro do cockpit. Tudo isso é tão rápido e acontece ao mesmo tempo que a ficha só caiu quando pisquei os olhos e vi os mesmos fotógrafos clicando o acidente, os homens do resgate com extintores de incêndio nas mãos e o piloto saindo do carro, são e salvo. O coração acelera e as mãos tremem. Que susto!
Outra sensação bem bacana foi entrar naquele pavilhão imenso e dar de cara com boxes das equipes. Onde estavam os carros da Bia Figueiredo (Dale Coyne), Helio Castroneves e Tony Kanaan sempre havia fãs tentando uma foto ou um autógrafo. Um moço, que não deu tempo de perguntar o nome, foi muito gentil e passou para o Helio a minha camiseta pra ele autografar. (De qualquer forma, aproveito para agradecer muito aquele moço que fez o meu dia ainda mais feliz!) E assim como eu, quem conseguia estar ali saia radiante como se tivesse conquistado um troféu! Mas o que chamou mais a atenção foi no final da sessão do treino que definiu o grid de largada o Helinho foi muito atencioso e atendeu os muitos fãs que ficaram esperando por ele na grade. Legal demais!
E o coração bateu mais forte ali muitas outras vezes: quando ouvi o motor de um dos carros da equipe Panther funcionando… Quando vi de perto o Michael Andretti e consegui uma foto dele antes de ir para o pitlane. Na sequência, olhar para o Ryan Hunter-Reay saindo logo atrás dele e gritar “Ryan!”, ele olhar, abrir um sorriso lindo e posar para a minha câmera. Depois, ver de longe o Scott Dixon (Chip Ganassi Racing) sair correndo para o segundo treino livre. Ganhei até um sinal de “curtir” do colombiano Sebastian Saavedra (Dragon Racing) na saída do pavilhão! E ainda ver o pessoal da televisão japonesa IPCTV no pit do Takuma Sato. Tive a oportunidade de falar com uma dupla que admiro dentro e fora das pistas: Teo José e Felipe Giaffone. E no final ainda consegui uma foto com o Will Power, que dessa vez nem terminou a corrida… (Será que eu sou pé frio!?)
Para quem foi até o Anhembi ou acompanhou a São Paulo Indy 300 pela tevê já percebeu que este é um evento que entrou definitivamente no calendário esportivo da cidade. Os ingressos dos 13 setores espalhados pela pista têm preços para todos os bolsos! O sistema especial de transporte conta com cinco mini-terminais saindo de diferentes locais da cidade e é bem organizado. (Sim, eu fui de ônibus e experimentei o serviço!). E apesar dos preços serem sempre muito mais altos do que realmente valem (seja comida, bebida ou produtos oficiais do evento), a estrutura está melhor a cada ano. O circuito do Anhembi garante experiências inesquecíveis e muitas emoções. Dentro e fora da pista.
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