domingo, 25 de novembro de 2012

Interlagos: um cenário perfeito para o tricampeonato


São Paulo recebe a 20ª etapa do campeonato mundial de Fórmula 1 domingo. Além de ser a corrida que encerra a temporada, Interlagos vai entrar mais uma vez para a história. Será no Brasil que vamos conhecer o mais novo (e mais jovem) tricampeão da principal categoria do automobilismo mundial.

O duelo, agora, é decisivo: na liderança e na vantagem dos pontos está o alemão Sebastian Vettel, da Red Bull. Enquanto isso, o espanhol Fernando Alonso, da Ferrari, que está 13 pontos atrás na classificação, não vai desistir de reduzir essa vantagem durante a prova.

Desde que o GP do Brasil foi para o final da temporada, em 2004, esta é a sexta disputa de título que vai acontecer por aqui. Em 2005 e 2006, Fernando Alonso, pela equipe Renault, ganhou seus dois títulos em Interlagos. Em 2007 foi a vez de Kimi Räikkönen colocar a mão na taça na capital paulista quando ninguém esperava: o finlandês estava em terceiro lugar no campeonato e tinha chances matemáticas do título.  (Talvez só eu acreditasse e posso comprovar a premonição dessa “zebra”. Confiram no texto Felipe Massa sai na frente). em 2008 a disputa estava entre Felipe Massa e Lewis Hamilton. O brasileiro venceu a prova, mas quem levou o campeonato foi o inglês da McLaren. Em 2009, Jenson Button, da Brawn GP, comemorou o título antecipadamente em São Paulo, já que a última prova da temporada foi disputada em Abu Dhabi.

Os fanáticos por emoção podem se preparar: a previsão é de chuva para o horário da corrida! E este pode ser o diferencial do último episódio da batalha entre “cavalo” e “touros”, em uma temporada como poucas que tive a oportunidade de acompanhar em todos esses anos. Pelas regras sei que isso não vale, claro, mas que Vettel e Alonso mereciam dividir esse título, mereciam muito...

Trabalho em equipe é muito importante, mas a maturidade do piloto também conta. Vettel é favorito, tem a vantagem de estar em primeiro no campeonato, de ter o melhor carro. E está pilotando muito mais do que nos outros anos, sem dúvida. Mas a experiência muitas vezes fala mais alto e faz a diferença. Afinal não estar sob pressão pode significar pensar melhor e errar menos. E o próprio Alonso disse, em entrevista nessa quinta-feira que "na Fórmula 1 sempre há pressão, mas definitivamente temos menos do que em outras ocasiões, e talvez menos provavelmente do que se estivéssemos liderando o campeonato". O espanhol mostrou nesta temporada que é muito maior do que a máquina que ele pilota. Mesmo que em algumas vezes ele ainda teve mais sorte do que juízo!

Admiro e respeito muito o grande piloto que é Sebastian Vettel, mas dessa vez minha torcida será para Fernando Alonso conquistar o tricampeonato da F1.
Façam as suas apostas!!
O pole position em Interlagos é Lewis Hamilton, piloto que faz sua última corrida pela McLaren. Vettel larga em quarto e Alonso em sétimo (ganhou a posição depois de Pastor Maldonado, da Willians, ser punido e perder 10 posições.
Lembrando que também neste domingo acontece a despedida oficial de Michael Schumacher, da Mercedes, sete vezes campeão mundial da F1.
Twitter:@prikinder

Kimi: o eterno Homem de Gelo

(texto originalmente publicado no #elascomentam em 08/11/2012 - www.elascomentam.com.br )
Ele é da turma do “tô nem aí”. Por isso tem quem admire e também quem não entenda o estilo Kimi Räikkönen de ser. O finlandês, apelidado de Iceman (Homem de Gelo) pela postura fria em momentos em que está sob pressão, conquistou no último domingo o lugar mais alto do pódio no GP de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, pela 18ª etapa do mundial de Fórmula 1. Fez uma boa largada, passando do quarto para o segundo lugar e ainda aproveitou o abandono de Lewis Hamilton (McLaren) para se manter na liderança até o final da prova.

Depois de dois anos fora da F1, o piloto da Lotus/Renault subiu ao pódio sete vezes na temporada e só não marcou pontos no GP da China, em Xangai. No início do ano disse, durante os testes na Espanha, que voltou porque “queria voltar a correr”. Simples assim. A regularidade garante ao finlandês o terceiro lugar no campeonato, atrás apenas de Fernando Alonso, da Ferrari, e de Sebastian Vettel, da Red Bull.

E fazia tempo que o campeão da temporada de 2007 não subia no lugar mais alto do pódio!! A última vez havia sido no GP da Bélgica em 2009 pela Ferrari. Esta foi a 19ª vitória na carreira de Räikkönen. Além disso, ele se tornou o oitavo vencedor diferente da temporada de 2012. A corrida no circuito de Yas Marina também quebrou o jejum da Lotus: a última vitória do time inglês foi com Ayrton Senna, em 1987, no GP dos Estados Unidos.

E o “jeito Kimi de ser” é sempre algo que traz momentos divertidos ao, as vezes sério demais, universo da Fórmula 1. (Arriscaria dizer também que traz beleza, mas isso é opinião pessoal e aqui no #elascomentam apesar de ser permitido, poderia pegar mal…)

Quem acompanha a principal categoria do automobilismo mundial há pelo menos dez anos sabe que Kimi tem fala mansa, muita personalidade, mas quando abre a boca costuma ser bem verdadeiro… E em Abu Dhabi não foi diferente. Durante a corrida ouvimos algumas pérolas bem “A La Kimi” como o “just leave me alone. I know what to do” (Deixe-me sozinho. Eu sei o que faço). Ou ainda, enquanto o Safety Car estava na pista o engenheiro pediu pra ele cuidar dos pneus e escutou um “Yes, Yes, Yes… I’m doing all the time. You don’t have to remind me” (É o que estou fazendo o tempo todo. Você não precisa me lembrar). E para finalizar, ao vivo, no pódio, quando o ex-piloto e comentarista David Coulthard perguntou para o finlandês sobre a sensação de voltar a vencer depois de três anos. E ele simplesmente respondeu “nem tanta, na verdade”. Esse é o Kimi!

Para quem ainda não viu, este vídeo resume bem o áudio das frases dele, além do pódio com o Coulthard:


Em Abu Dhabi acompanhamos disputas de posições como há muito tempo não se via. Foram 55 voltas de uma corrida e tanto!! Principalmente por conta de Sebastian Vettel, líder do campeonato e o destaque da prova. Depois de ter sido desclassificado do treino oficial de sábado largou dos boxes. Fez uma corrida de recuperação, ganhou 21 posições desde a largada e terminou a prova em terceiro lugar, atrás do vice-líder Fernando Alonso. Para mim, o pódio em Yas Marina foi reservado especialmente para os campeões de uma nova geração. E que bom que temos pilotos assim para continuar gostando de acompanhar a Fórmula 1!

E o duelo Vettel x Alonso continua. No dia 18 de novembro, a disputa será no Circuito das Américas, em Austin, Texas (EUA). Uma pista nova que foi desenhada pelo arquiteto alemão Hermann Tilke. E bem ao estilo “Tilkódromo”, o traçado conta com uma reta de 1,200 quilômetros entre 20 curvas espalhadas por 5.500 metros. Austin tem tudo para entrar para a história do automobilismo caso Vettel conquiste o título antecipadamente. Para que isso aconteça a conta é simples: o alemão tem de fazer com que a diferença para o espanhol suba de dez para 25 pontos para sair do novo circuito como tricampeão mundial. Senão, a decisão fica para a última corrida no Brasil. O que seria uma ótima ideia!


Créditos das fotos: AFP

Twitter: @prikinder

A estreia de um veterano

 
“Estou recomeçando a aprender aos 40 anos”.
 
Foi com essa declaração que Rubens Barrichello, um veterano nos monopostos, passou à condição de estreante em um carro de turismo. Inicialmente, o piloto iria disputar apenas a Corrida do Milhão em Interlagos e que encerra o campeonato no dia 9 de dezembro. Mas decidiu antecipar a estreia para esse fim de semana na etapa disputada no Autódromo Internacional de Curitiba.
 
Para quem não se recorda, na Fórmula 1 Barrichello disputou nada mais do que 19 temporadas seguidas. Foram 326 GPs – o que é um recorde – além de 11 vitórias, 14 poles e 68 pódios, conquistados durante a passagem por seis equipes: Jordan, Stewart, Ferrari, Honda, Brawn GP e Williams. Também foi vice-campeão nos anos de 2002 e 2004. Em 2012, também estreou em outra categoria, a Fórmula Indy. Correu pela equipe KV Racing e terminou o campeonato em 12º lugar.
 
Adoro assistir Stock Car. Estive várias vezes nos autódromos de Brasília e de São Paulo, mas admito que nesta temporada acompanhei poucas corridas. Tenho uma torcida carinhosa por alguns pilotos da categoria e confesso que com a participação do Rubinho meu interesse está de volta! E em tempo de ver com mais atenção as duas últimas corridas do campeonato. Quero estar em Interlagos para acompanhar tudo bem de pertinho! Afinal, quem não fica curioso para saber como um piloto que disputou F1 e Indy se comporta em um carro como o da Stock Car? E por ser quem é e ter escrito uma história no automobilismo, Rubinho sempre vai atrair todas as atenções por onde passar.
 
Apesar de estar sob todos os holofotes e flashes durante o fim de semana, o veterano-estreante fez uma prova que chamo de “discreta”. Com o carro de número 17, em homenagem ao piloto Ingo Hoffmann e maior vencedor da categoria, Barrichello largou em 15º, envolveu-se numa confusão logo na primeira curva e caiu algumas posições. Fez uma corrida de recuperação, algumas ultrapassagens, mas um pneu furado o levou aos boxes. E como estava sem o rádio desde a segunda volta, Rubinho não teve como dizer a equipe que queria a troca dos quatro pneus. Substituíram só o que estava furado e o carro ficou, segundo ele, desequilibrado. Terminou a prova em 22º lugar.
 
 
A vitória em Curitiba ficou com Átila Abreu (Mobil Super Pioneer), seguido por Allam Khodair ((Vogel Motorsport) e Daniel Serra (Red Bull Racing). Cacá Bueno (Red Bull Racing) chegou em quinto e ampliou a vantagem na liderança do campeonato, já que o vice-líder Ricardo Maurício (Eurofarma RC) não terminou a prova.
 
Enquanto negocia a permanência na Fórmula Indy para o próximo ano, Rubinho aproveita o convite da equipe Medley/FullTime para ganhar experiência na Stock Car. E dar à categoria ainda mais visibilidade ou, quem sabe, atrair novos fãs. A participação dele nessa etapa e na próxima em Brasília, no dia 11 de novembro, é um treino para a meta principal: a Corrida do Milhão em São Paulo. Claro que além de uma realização pessoal, que é pilotar um carro de turismo no Brasil, o foco principal segundo Rubinho é ajudar o Instituto Barrichello Kanaan, o IBK, doando à entidade o cachê de R$ 230 mil. O projeto, com sede em São Paulo, foi criado em 2005 em parceria com o amigo Tony Kanaan, que também vai disputar as duas últimas etapas da Stock Car pela Bassani Racing.
 
 
Vale lembrar que Rubens Barrichello é o 14º piloto a participar da Fórmula 1 e da Stock Car, juntamente com Raul Boesel, Info Hoffmann, Chico Serra, Christian Fittipaldi, Tarso Marques, Enrique Bernoldi, Ricardo Zonta, Luciano Burti, Roberto Pupo Moreno, Luiz Pereira Bueno, Wilson Fittipaldi Jr., Antonio Pizzonia e do canadense Jacques Villeneuve, que foi o convidado da corrida do milhão do ano passado.
 
Twitter: @prikinder
 
crédito da primeira foto: Duda Bairros/Vicar
crédito da foto (carro e pilotos) Miguel Costa Jr/MF2

Vettel agora é líder. E quase tricampeão?

(texto originalmente publicado no #elascomentam em 17/10/2012 - www.elascomentam.com.br)

Quando Sebastian Vettel ultrapassou o pole position Mark Webber na primeira curva no GP da Coreia do Sul, disputado em Yeongam nesse fim de semana, pensei que se a sorte de campeão estivesse com ele, vencer seria apenas uma questão de tempo. E foi mesmo: um pouco mais de noventa minutos e 55 voltas depois o alemão da Red Bull cruzou a linha de chegada na liderança e juntamente com o companheiro de equipe, conquistou a primeira dobradinha da RedBull nesta temporada.

É preciso gostar muito de automobilismo para acordar às 2h40 de um domingo e assistir o GP da Coreia. (Sim, dormi cedo para garantir algumas horas de sono e não vi o UFC!!). Ainda bem que este é o meu caso e de mais alguns milhares de apaixonados. Além de estar bem longe da capital Seul e de não contar com tanto público nas arquibancadas, esta é mais uma das pistas que chamamos de “Tilkódromo”, projetada pelo arquiteto alemão Hermann Tilk, como a da Malásia, Abu-Dhabi e Índia, só para citar algumas. Tem retas longas, curvas fechadas, rápidas e outras que não tem a menor justificativa de existir. A única vantagem é que a pista é larga o que proporciona várias ultrapassagens. Mas, tirando isso e a vitória do Vettel de ponta a ponta – que representou a liderança do campeonato – achei que essa foi a corrida mais chata deste ano.

Esta foi a quarta vitória dele na temporada, a terceira seguida e a 25ª da carreira. Com isso o atual bicampeão supera Juan Manuel Fangio e se iguala a Jim Clark e Nick Lauda, passando a ser o sétimo maior vencedor da história. O que não é pouco!! Além de comemorar no lugar mais alto do pódio, Vettel alterou o rumo da história: alcançou 215 pontos, seis a frente de Fernando Alonso (209), que terminou a corrida em terceiro lugar. O espanhol liderava o campeonato desde Valência, na Espanha.

Nas duas últimas corridas, Cingapura e Japão, o piloto da Red Bull somou 50 pontos, enquanto Alonso apenas 15.

E se Fernando Alonso conseguiu manter-se na frente foi mais pela sorte e talento do que pelo desempenho da Ferrari nas corridas. Um carro que para mim é muito instável; e é o piloto que tem feito a diferença e tira o máximo da máquina quando está sob pressão. Neste GP, por exemplo, Felipe Massa andou muito mais rápido do que o companheiro de equipe. Óbvio que por conta da disputa do campeonato ele não ultrapassou Alonso. Para ser ter uma ideia, o engenheiro falou para o brasileiro tirar o pé porque estava muito perto do espanhol… No final da história, Massa terminou a prova em quarto lugar. E para quem só assinou o contrato nessa terça-feira (16) era melhor mesmo assegurar a posição e ajudar nos pontos do mundial de construtores. Vale lembrar que na semana passada, no GP do Japão em Suzuka, o piloto brasileiro quebrou um jejum de quase dois anos sem subir ao pódio, terminando a prova em segundo lugar.

Ainda faltam quatro provas – Índia, Abu-Dhabi, Estados Unidos e Brasil – para o final da temporada. Com exceção do GP de Austin – que é novidade neste ano – as demais provas favorecem o desempenho da Red Bull. O fato é que Alonso deve estar bem preocupado com o que aconteceu na Coreia do Sul e sabe que pode estar cada vez mais difícil garantir o tricampeonato dele e o mundial de construtores para o time italiano. Mas como costumo dizer, existem uns tais de “deuses da velocidade” que resolvem na última hora quem vai vencer e onde a sorte de campeão vai estar. Alonso e Vettel merecem o título. Alonso porque tem raça, talento e está disposto a fazer o seu melhor para conquistar a taça, mesmo com um carro que muitas vezes não correspondeu às expectativas. Vettel porque também tem talento, tem vontade de vencer, é arrojado e conta com um carro que está melhor do que nunca.


E como não poderia deixar de registrar, a bandeirada final em Yeongam foi dada pelo embaixador da corrida: o cantor sul-coreano Psy, a mais recente febre mundial com o hit “Gangnam Style”. Todo mundo já viu, já ouviu, já tentou imitar a dança… A música é daquelas pegajosas, sem dúvida. Você ouve uma vez e não sai da cabeça, meio que uma mistura de “Ai se eu te pego”, do Michel Teló, com o “Eu quero tchu, eu quero tcha”,do João Lucas e Marcelo. (Confesso que também gosto das dancinhas, mas basta ouvir uma vez e ficar com a música nas ideias…)

Então, para quem ainda não viu, deixo aqui como sugestão uma das várias versões que está na internet. E acreditem: esta tem um Kimi Raikkönen (Homem de Gelo) fake..(rs!).
Como adoro essas coisas toscas da internet, e a criatividade mundial, achei engraçado. Vale a pena conferir. Nem que seja só para matar a curiosidade!


crédito das fotos: GettyImages
Twitter: @prikinder

Power vacila e Hunter-Reay é o campeão da Indy

((texto publicado originalmente no #elascomentam em 20/09/2012 - www.elascomentam.com.br)
 
Embora seja brasileira e não desista, nunca, de ver um dos nossos pilotos chegando à frente, nesta temporada da Fórmula Indy estava torcendo pelo primeiro título de Will Power. Afinal nos dois últimos anos o australiano perdeu o campeonato na última corrida para o escocês Dario Franchitti.
 
Tive a oportunidade de vê-lo disputando a São Paulo Indy 300, no Anhembi. Fiquei impressionada como ele contornava o “S” do Samba – que fica no fim da reta da largada, e onde acontecem os desfiles das escolas de samba durante o carnaval. Era rápido e preciso. Tanto que fez a pole position e venceu a etapa brasileira pela terceira vez.
 
Por isso é que costumo dizer que ser favorito não é ser campeão. Tudo pode acontecer até a bandeirada final.
 
Quem viu o início da temporada acreditou que Will Power (Penske) fosse grande o favorito ao título deste ano. Mas da metade para o fim, o norte-americano Ryan Hunter-Heay (Andretti) reagiu. E na última prova, apesar dos 17 pontos de vantagem, era bom lembrar que o piloto australiano não teve bons resultados em circuitos ovais. Só neste ano foram cinco provas nesse tipo de pista: Power terminou em apenas duas (Milwaukee e Texas) e fez 86 pontos nelas. Enquanto que o norte-americano conquistou duas vitórias em ovais (Milwaukee e Iowa) e marcou 168 pontos. Esse desempenho também garantiu a Hunter-Reay o Troféu AJ Foyt de campeão dos ovais, superando o brasileiro Tony Kanaan.
 
 
Na 15ª e última etapa disputada no circuito oval de Fontana, na Califórnia (EUA), o desempenho do piloto da Penske decepcionou. Power largou na 13ª posição (tinha feito o terceiro tempo, mas por conta de uma punição perdeu dez posições no grid) e estava fazendo uma boa corrida quando, na volta 55, ao ultrapassar Ryan Hunter-Reay perdeu a traseira do carro e bateu no muro. Mas a equipe Penske consertou o carro do australiano e ele voltou para a pista 70 voltas depois. Com isso, o piloto da Andretti teria de chegar pelo menos em quinto lugar para ganhar 30 pontos e se consagrar campeão desta temporada.
 
O norte-americano, que tinha largado na 22ª posição, não só terminou a corrida em quarto lugar como conquistou o primeiro título da Indy três pontos a frente de Will Power, que ficou pela terceira vez consecutiva com o vice-campeonato da categoria. Vale lembrar que a última conquista de um piloto dos Estados Unidos na Indy foi em 2006, com San Hornish Jr. Hunter-Reay também voltou a dar um título à equipe Andretti depois de quatro anos da conquista por Dario Franchitti.
 
Ed Carpenter (Ed Carpenter Racing) cruzou a linha de chegada em bandeira amarela e venceu GP de Fontana, seguido dos pilotos da equipe Ganassi: o escocês Dario Franchitti e o australiano Scott Dixon. Entre os brasileiros, Helio Castroneves (Penske) terminou na quinta posição e Tony Kanaan (KV Racing) em 18º. Rubens Barrichello (KV Racing) abandonou na 109º volta com problemas no motor.
 
E é assim que a temporada 2012 da Indy terminou. No calendário, menos etapas do que os últimos anos e uma disputa muito evidente, desde o início, entre Penske e Andretti. Temporada de estreia do novo modelo de carro, o DW12, fabricado pela Dallara para a categoria. Da estreia também de Rubens Barrichello depois de 19 temporadas na Fórmula 1. Das relargadas extraordinárias de Tony Kanaan. Das vitórias de Helio Castroneves em São Petersburgo e em Edmonton, além de ter ficado perto da chance de entrar na briga pelo título. E no final ainda ser o melhor entre os brasileiros com o quarto lugar na temporada. Os pilotos da KV Racing, e também amigos, Kanaan e Barrichello terminaram o campeonato em nono e décimo segundo, respectivamente.
 
O fim de semana foi perfeito para Hunter-Reay. O mais novo campeão da Indy renovou o contrato e vai permanecer por mais duas temporadas na equipe Andretti. Helio Castroneves continua na Penske. Tony Kanaan na KV Racing e Rubens Barrichello está em negociação para seguir na Indy no ano que vem.
 

 
Espero que em 2013 pilotos e equipes estejam mais adaptados aos carros. E que no próximo ano nossos brasileiros venham com tudo: vençam mais e estejam cada vez mais próximos de trazer um título para o país.
 
E para saber quem, além de Ryan Hunter-Reay e dos brasileiros Emerson Fittipaldi (1989), Gil de Ferran (2000/2001) e Tony Kanaan (2004) já foi campeão da Indy e Cart/Champ Car recomendo acessar o site do Autoracing:
 
Crédito das fotos: AFP
 
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