terça-feira, 30 de outubro de 2007

Começa a contagem regressiva

Depois de confirmar a Alemanha como país sede da Copa do Mundo Feminina de Futebol, em 2011, o Comitê Executivo da Fifa anunciou o Brasil como sendo a sede do mundial de 2014.
Nenhuma surpresa, porque além de ser candidato único, a escolha pelos representantes da Fifa foi unânime!

Pensar em 2014 parece tão distante... Mas me lembro bem quando, em 1995, a Alemanha foi escolhida como o país que sediaria a Copa de 2006. Isso porque nem era tão ligada nessas coisas. Hoje, com a transmissão ao vivo e o Brasil na disputa, claro, a audiência foi total.

Embora todos estejam felizes com essa conquista do país do futebol penta campeão, o evento não está totalmente garantido... Isso mesmo. Não há uma lei que obrigue a Fifa a garantir a realização da Copa no Brasil se o país não cumprir as exigências que foram determinadas pela entidade máxima do futebol.

Há uma informação no site Globoesporte.com dizendo que em 1986 a Colômbia justificou não ter dinheiro para terminar as obras de infra-estrutura exigidas pela Fifa. E, no final, quem ficou com a sede foi o México. Vale lembrar que o mascote dessa copa era Pique, uma pimenta com bigode vestida com as cores da seleção mexicana e que usava um típico sombreiro (arriba, arriba!)

E quem vai pagar a conta dos investimentos em toda essa infra-estrutura para receber o mundial masculino de futebol? É interessante observar que, durante a apresentação do Brasil em Zurique, o destaque foi para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que entrariam nesse pacote para reforçar a infra-estrutura do país. E a iniciativa privada melhoraria e construiria os estádios de futebol. Mas é claro que o dinheiro público não pode ser todo destinado a esse tipo de evento.

Daqui a pouco, o discurso para a aprovação da CPMF no Congresso será de que "sem o tributo, não conseguiremos deixar o país pronto para a Copa de 2014".
E o Brasil tem exatos um ano para anunciar quais as cidades que vão receber os jogos.
Agora é esperar e entender como um mundial desses, que não é feito para a população local e sim para atender, principalmente, ao público externo, vai ser negociado como mais uma moeda de troca de interesses...

Por ser um momento histórico, senti falta do ex-jogador Pelé. Você sabe onde ele estava no momento do anúncio oficial? Dei uma olhada pelas agências e descobri que Pelé estava na Alemanha fazendo propaganda para uma empresa holandesa fornecedora de grama sintética. Isso mesmo. Ele não foi convidado pela CBF, mas garantiu que não tem problemas com a entidade.
Trocar o maior jogador de todos os tempos por figuras como Romário e o escritor Paulo Coelho, e ainda dizer que eles representam o Brasil, definitivamente, prefiro acreditar em Papai Noel...

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